"Já vamos na quarta acusação ao primeiro-ministro e ainda não se comprovou nada"

"É a opinião da comissão. É uma comissão política, uma comissão parlamentar, não é nenhum tribunal", afirmou Almeida Santos.

Questionado pelos jornalistas, à margem do colóquio "Integração Europeia e Democracia", realizado no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, se considerava que estas conclusões fragilizam o Governo, Almeida Santos recusou tal cenário. "A crise, o resultado da crise, o desemprego. Isso é que fragiliza, e é qualquer Governo não é só este", afirmou.

O antigo governante e líder dos socialistas recusou ainda ser contra as comissões de inquérito, mas demonstrou-se particularmente crítico com o trabalho desta comissão. "Sou desfavorável é que esse assunto tenha sido discutido como foi nessa comissão de inquérito".

A proposta de relatório elaborada pelo deputado João Semedo, divulgada na reunião da comissão, dá como adquirido que José Sócrates tinha conhecimento do negócio quando disse na Assembleia da República que não sabia e, para o provar, aponta, entre outros elementos, as próprias respostas do primeiro-ministro à comissão de inquérito.