O presidente do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, disse, este sábado, que aquilo que o PS fez a Portugal é "criminoso" e culpabilizou José Sócrates e Teixeira dos Santos pela crise que o país atravessa.
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Ao intervir no XIII Congresso do PSD-M João Jardim referiu que a Madeira tem um problema: "este criminoso governo do PS, criminoso pelo que fez a Portugal, criminoso neste momento pela mentira que está a difundir atirando para cima do oposição as culpas de uma crise que tem dois nomes que são Sócrates e Teixeira dos Santos".
Para o líder PSD-M, "esses dois homens desgraçaram o país e ainda por cima assiste-se por parte deles e por um sector desonesto da comunicação social a uma tentativa de atentado contra a dignidade e a memória dos portugueses e fazer crer que os culpados são os outros e a vitimizar essa gente que deve responder perante o povo português pelo mal que nos fez".
Alberto João Jardim acusou ainda de "criminoso" o ministro das Finanças por não apoiar o Centro Internacional de Negócios da Madeira tendo mesmo dito que Teixeira dos Santos devia "levar umas palmadas do presidente da República".
Referendo sobre autonomia
O líder do PSD-M desafiou ainda Lisboa a realizar um referendo para saber o que os madeirenses querem da autonomia: "se há em Portugal dúvidas sobre a nossa autonomia então perguntem-nos, tenham a coragem de fazer o referendo".
"Eu desafio a classe política de Lisboa a fazer o referendo na Madeira para os madeirenses dizerem se querem esta autonomia ou se querem uma autonomia mais alargada", referiu.
"Eu estou aflitíssimo para arranjar dinheiro para acabar o que se está a fazer (...), também não escondo isso a ninguém, vamos lá ver, agora, se com a entrada do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira lá com o FMI se consegue equilibrar isto e a confiança no país faz a banca ter mais liquidez para poder trabalhar connosco", reconheceu ao abordar a situação económica e financeira decorrente da crise nacional.
Realçou que se o PSD-M continuar a ser um partido oposicionista ao sistema constitucional da Constituição de 1976 "mesmo que o PSD nacional queira ser ou se torne situacionista" e que seguirá sempre o principio de que a Madeira está em primeiro lugar e o partido a seguir.
A finalizar, João Jardim disse estar com curiosidade em saber "se no continente o povo é tonto e continua a enfiar barretes", numa alusão às eleições de 5 de Junho.
Os trabalhos do XIII congresso regional do PSD-M decorrem no Centro de Conferências e Exposições do PSD (CEMA), em Santa Quitéria, tendo começado com a posse da comissão política regional e incluiu uma intervenção de Alberto João Jardim.