Jardim diz que programa de ajustamento financeiro deve ser aligeirado devido aos incêndios
O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, defendeu, esta terça-feira, que o programa de ajustamento à região deveria ser aligeirado devido aos fogos da última semana.
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No concelho de Santa Cruz, no decurso de uma deslocação que realiza para se inteirar das consequências dos incêndios, à pergunta se o programa de ajustamento económico e financeiro deveria ser aligeirado, Alberto João Jardim respondeu: "Evidentemente que acho que sim, mas isso é uma questão que não se discute na praça pública".
À questão se já falou com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o chefe do executivo insular declarou: "já falei com o primeiro-ministro, mas é uma questão que não se discute na praça pública", reafirmou sem adiantar mais explicações.
Na sequência da dívida pública, na ordem dos seis mil milhões de euros, o governo da Madeira solicitou o ano passado ajuda financeira ao Estado português, que culminou na assinatura do programa a 27 de janeiro último e de um contrato de financiamento de 1500 milhões de euros.
Este programa de assistência determinou, entre outras medidas, o aumento dos impostos na região.
Alberto João Jardim iniciou esta manhã uma visita aos concelhos afetados pelos incêndios.
Acompanhado por outros governantes e autarcas, o governante começou a visita pelo Palheiro Ferreiro, no concelho do Funchal, onde pequenos reacendimentos continuavam a dar trabalho aos bombeiros. Neste local, chegou a ouvir: "houve milagres aqui em cima".
O fogo, que ziguezagueou várias casas, que poupou, varreu terrenos cultivados.
A comitiva seguiu viagem até ao concelho de Santa Cruz onde pelo caminho Alberto joão Jardim pode ver uma paisagem pintada de negro, casas, viaturas e terrenos de cultivo queimados, enquanto trabalhadores procediam à reparação de cabos e à limpeza de estradas.
Em muitas localidades, moradores procediam à remoção de escombros e encetavam trabalhos de reconstrução.