A demissão do Governo e a realização de eleições antecipadas foi defendida esta sexta-feira de manhã como "saída legítima e necessária para interromper o caminho de desastre do país" pelo secretário-geral do PCP, no discurso de abertura do XIX congresso do partido, que se realiza até domingo em Almada.
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"O país não está condenado ao ciclo vicioso do rotativismo e da alternância sem alternativa e não se limita nem se esgota no atual quadro político e partidário e muito menos se confina aos partidos da troika, subscritores do Pacto de Agressão", afirmou Jerónimo de Sousa, garantindo que o reforço da influência do partido contribui decisivamente para a construção de uma alternativa política e para "ampliar a exigência de outro rumo".
Numa intervenção marcadamente ideológica, de crítica ao capitalismo, Jerónimo de Sousa não poupou o PS,. "Se é vítima de alguma coisa, é do seu compromisso com a política de Direita", atirou, sustentando que foi o envolvimento dos socialistas na política de austeridade que conduziu ao seu "isolamento".