O secretário-geral da JS, João Torres, defendeu, esta sexta-feira, a realização de eleições diretas e convocação do congresso socialista, considerando ser inevitável esta clarificação, já prefere que haja uma divisão no PS em 2014 do que em 2015.
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João Torres transmitiu à agência Lusa a posição que defendeu esta sexta-feira na reunião extraordinária do Secretariado Nacional do PS, onde considerou que "o PS deve passar por um momento de clarificação" e que esse deve "acontecer no sentido de os militantes se poderem pronunciar sobre as diferentes alternativas para a liderança do PS".
O secretário-geral da JS adianta que será inevitável que venham a ser marcadas eleições diretas e convocado o congresso, observando que "uma análise lúcida daquilo que está a acontecer" no partido leva necessariamente a esse cenário
"Eu prefiro que haja uma divisão no PS em 2014 do que uma divisão no PS em 2015", sublinhou.
Na opinião de João Torres, para o partido construir "um projeto agregador e que de facto se consiga afirmar na sociedade portuguesa em 2015", precisa dessa clarificação.
"O resultado das eleições europeias, aliado à disponibilidade de António Costa para liderar o PS, e também os acontecimentos e a sucessão de declarações que se seguiram a essa manifestação de disponibilidade, são naturalmente motivos que nós não podemos negligenciar, que estão a causar um momento de grande incerteza junto do PS e a única forma de nós sairmos deste momento de incerteza é devolver a palavra aos militantes", justificou.