Marinho Pinto diz que segundo eleito não é inesperado mas aumenta responsabilidades
O recém-eleito eurodeputado Marinho Pinto garantiu, esta terça-feira, que a eleição de um segundo representante do Movimento Partido da Terra (MPT) não foi inesperada, mas admitiu que isso aumenta as responsabilidades na política portuguesa e no Parlamento Europeu.
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"Não foi totalmente inesperado, o doutor José Inácio Faria pode confirmar que eu sempre lhe disse que ele poderia ser eleito", afirmou Marinho Pinto em declarações à Lusa.
No entanto, admitiu o antigo bastonário dos advogados, a eleição de um segundo eurodeputado pelo MPT "aumenta as responsabilidades na política portuguesa e no próprio Parlamento Europeu".
O número dois da lista do MPT, José Inácio Faria, foi eleito como segundo representante português do MPT no Parlamento Europeu, segundo informou hoje de madrugada a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI).
De acordo com esta instituição, os quatro mandatos de Portugal para o Parlamento Europeu que faltavam apurar foram distribuídos pelo Partido Socialista, Aliança Portugal, CDU e Partido da Terra.
Apesar de Marinho Pinto afirmar que o resultado não é inesperado, o segundo eurodeputado, José Inácio Faria, tinha afirmado no domingo -- dia das eleições europeias, quando ainda se esperava apenas a elição do cabeça-de-lista - que o resultado do partido, avançado pelas projeções, era "uma surpresa".
"A participação do dr. Marinho e Pinto deu um grande élan à candidatura" do MPT, disse na altura José Inácio Faria, considerando o resultado do MPT como "histórico".
A presença em Estrasburgo de um segundo eurodeputado em nome do MPT não levou, no entanto, Marinho Pinto a avançar com uma possível candidatura às próximas Legislativas em Portugal.
"Ainda é muito cedo para responder a essa pergunta. Em política nada se pode afastar nem nada se pode confirmar com tanta antecedência", afirmou à Lusa, sublinhando que essas decisões "avaliam-se por circunstâncias que seria prematuro estar agora a enumerar ou a ponderar".
Os resultados finais das eleições europeias em Portugal indicam que o PS foi o partido com mais votos, elegendo oito deputados, enquanto a Aliança Portugal (PSD/CDS-PP) elegeu sete, a CDU (PCP-PEV) três, o Partido da Terra (MPT) dois e o Bloco de Esquerda um.