
O ex-Presidente da República Mário Soares recusou, esta sexta-feira, que a apresentação de listas concorrentes à Comissão Nacional do PS por parte de António José Seguro e Francisco Assis signifique divergências no partido, dizendo ser "saudável" que existam diferentes pontos de vista.
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"Não acho que haja divergências, havendo várias pessoas e cada uma tendo o seu ponto de vista, isso é saudável para o PS", defendeu Soares, à chegada ao Congresso do partido, que começa esta sexta-feira em Braga.
O antigo chefe de Estado recordou que não apoiou nenhum dos candidatos à liderança do PS - disputada entre Seguro e Assis - mas disse considerar "absolutamente normal" que não tenha sido apresentada uma lista única à Comissão Nacional, cenário que chegou a ser negociado nas últimas semanas.
"Não me incomoda nada, acho isso absolutamente normal (...), sou a favor dos dois porque os conheço desde jovens e ambos são pessoas sérias e grandes socialistas", frisou o fundador do PS.
Sobre a sua presença no conclave socialista, Soares diz ter vindo "participar no debate", recordando que participa num dos painéis temáticos com que abre o XVIII Congresso socialista, sobre a Europa.
Questionado se espera que Seguro seja um líder "para quatro anos", Soares respondeu apenas: "Espero que sim".
