O PCP considerou hoje que a medida de alargamento da comparticipação a 100 % dos medicamentos genéricos para pensionistas com rendimentos inferiores ao salário mínimo nacional "é positiva, mas peca por tardia".
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"A medida na actual situação é positiva, mas claramente insuficiente. Peca por tardia, pois já estamos no final da legislatura, a poucos meses das eleições", disse à agência Lusa Jorge Pires, da Comissão Política do PCP.
O Governo aprovou quinta-feira a comparticipação a 100 por cento dos medicamentos genéricos a pensionistas com rendimentos inferiores ao salário mínimo nacional, disse hoje à Lusa o secretário de Estado adjunto da Saúde, Francisco Ramos, salientando que a medida abrange um milhão de pessoas.
Na opinião de Jorge Pires, esta medida só terá eficácia se "for acompanhada de outras medidas, pois senão será apenas uma medida eleitoralista".
"Só terá eficácia se a prescrição de genéricos se alargue e não fique condicionada a um conjunto de interesses na área do medicamento", frisou.
De acordo com Jorge Pires, esta comparticipação a 100 por cento é apenas uma parte pequena daquilo que é o mercado do medicamento.
"Achamos também que o Governo deveria repor a comparticipação de medicamentos para as doenças crónicas para as quais muitas vezes não há medicamento genérico alternativo", salientou o dirigente do PCP.