
Luís Filipe Menezes apelou sexta-feira aos dirigentes do PSD para que se deixem de "pruridos" e lembrem aos portugueses que o esforço pedido é a "factura a pagar" pela "incompetência dos governos socialistas".
O ex-presidente do PSD falava esta noite durante uma visita à Feira da Broa de Avintes, em Gaia.
Na ocasião, disse que "a situação de fundo é de pré-bancarrota, fruto da incapacidade desses senhores que governaram Portugal. O PSD tem de se deixar de pruridos e dizer isto. Este esforço colossal, este sofrimento colossal, é da incompetência colossal de governos do PS durante 15 anos. É essa a factura que estamos a pagar".
O também autarca de Gaia e conselheiro de Estado disse mesmo ser preciso que "o PSD arregace as mangas e diga, com toda a clareza, que a situação que estamos a viver decorre da situação de total e completa incompetência e irresponsabilidade de 15 anos de governação do País".
Em 15 anos, continuou, "passou-se para a desgraça absoluta, exclusivamente por causa de políticas de Estado completamente erradas".
Menezes disse que "há 15 anos o País tinha contas públicas enxutas, tinha uma dívida externa apresentável e vinha de um ciclo de 50 anos em que foi o país do mundo com maior crescimento económico".
Nesse sentido, e porque entende que "o sofrimento dos portugueses" nos próximos anos resulta da "incompetência e irresponsabilidade do PS", para Menezes o partido agora liderado António José Seguro devia "ter um certo período de nojo" e "algum pudor" nas declarações que faz.
"Deixaram o País no caos. Eu acho que deveria haver algum pudor", realçou o social-democrata, censurando o "desplante" dos agentes políticos do PS que "nos últimos dias" têm criticado as medidas do PSD.
Questionado sobre a reforma da administração local, Menezes reiterou o apoio às medidas "corretas" apresentadas pelo ministro Miguel Relvas.
No que à diminuição de cargos de chefia diz respeito, disse mesmo que seria possível "poupar uma fortuna", que estimou "à volta de 30 milhões de euros", se fosse retirado "um vereador a cada Câmara".
Destacou as edilidades do "Porto e Lisboa, que têm 15 e 17 vereadores", quando "o Governo tem 11 ministros", pelo que considera que "faz todo o sentido diminuir o número de vereadores, o número de chefias".
