O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, afirmou na terça-feira, no Brasil, que este não é momento para divergências políticas e que é importante para o país que todos "rumem" para o mesmo lado.
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"Portugal não precisa, não pode, não deve ter qualquer tipo de crise [política]. Parece que na cabeça de alguns há a vontade de uma crise política, colocar em causa a estabilidade, não é esse o caminho", afirmou o ministro, ao acrescentar que o caminho é continuar a dar condições para as empresas portugueses exportarem.
"É muito importante que, em nome dos portugueses e dos sacrifícios que têm feito, que todos continuem a rumar para o mesmo lado", reforçou Relvas, à margem do jantar de comemoração dos 101 anos da Câmara de Comércio Portuguesa no Rio de Janeiro.
O ministro reiterou que as medidas de austeridade são a única solução para a crise e que o Governo tem tentado "distribuir" os sacrifícios.
"Temos distribuído os sacrifícios por todos, pagam mais aqueles que mais podem, criámos medidas para tributar o capital, mas infelizmente não temos outra saída, senão continuar nessa política até que tenhamos uma luz no fundo do túnel", acrescentou.
Nas previsões do ministro, Portugal poderá voltar a financiar-se nos mercados em um ano, a partir de setembro de 2013.
"Grave seria pedir os sacrifícios e não corresponder, e Portugal está a corresponder. Essa é uma grande vitória dos portugueses", concluiu.
Miguel Relvas conclui hoje a sua visita ao Brasil com um almoço com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.