A Associação dos Profissionais da Guarda admitiu, esta segunda-feira, realizar várias ações de protesto na rua, tendo em conta que os militares da GNR sentem-se "duplamente penalizados" com as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.
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O presidente da APG, César Nogueira, adiantou à agência Lusa que a direção da associação vai reunir, na última quinzena de setembro, para delinear quais as formas de protesto que podem vir a ser tomadas, podendo passar por uma manifestação.
César Nogueira afirmou que só através das ações de rua conseguem transmitir a mensagem, uma vez que o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, não recebe os representantes da APG, desconhecendo-se quais os motivos.
O presidente da APG sublinhou que os militares da GNR estão a ser "duplamente prejudicados", uma vez que, além de terem que "custear" a crise com as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, não veem resolvidas questões que se arrastam há anos.
Entre as questões que acusam o Governo em não resolver, estão a colocação de todos os militares das tabelas remuneratórias que entraram em vigor em 2010, o pagamento de retroativos aos profissionais que já estão nos novos escalões, promoções em atraso e a regulamentação de um horário de serviço.
César Nogueira afirmou que o Estado deve "vários milhões de euros" aos profissionais da GNR ao não pagar os retroativos referentes a janeiro de 2010 até à presente data.