A ministra da Saúde, Ana Jorge, assegurou, esta quarta-feira, no Alentejo, que "não vai haver falta" de medicamentos nos hospitais portugueses, apesar da crise financeira que o país atravessa.
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"Não vai haver falta de medicamentos para as pessoas que precisam deles e essa é a segurança que temos que dar aos nossos utentes", disse a governante, em declarações à Lusa.
A ministra da Saúde falava em Arronches (Portalegre) à margem da inauguração da segunda fase da Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Arronches, pertencente à Santa Casa da Misericórdia local.
O jornal Diário de Notícias (DN) publicou, esta quarta-feira, uma notícia com o título "Hospital de Cascais pede aos familiares dos doentes para comprar na farmácia medicamentos que diz não ter disponível".
De acordo com o matutino, os familiares de uma paciente foram obrigados a levar um dos medicamentos que a doente toma habitualmente para as artroses porque o hospital disse que não o tinha na farmácia.
O DN explica ainda que a administração do hospital assume que fez a restrição por critérios clínicos, mas sindicatos e utentes denunciam mais queixas de doentes a quem os remédios também foram pedidos.
"É um problema da responsabilidade exclusiva do hospital, como é óbvio. E penso que não terei mais comentários para fazer, são dois casos pontuais aquilo que lá está (notícia) e está explicado pelo hospital que foi abordado e que fez a sua justificação", disse Ana Jorge.
Para a titular da pasta da Saúde, esta situação que ocorreu no Hospital de Cascais "não tem a ver" com a crise financeira que o país atravessa e assegurou que os hospitais têm "capacidade de resposta".
"Se isso tivesse a ver com a crise tinha mais a ver com os utentes do que propriamente com os hospitais que obviamente têm toda a capacidade de dar resposta aquilo que para que existem, que é para prestar cuidados de saúde. Portanto, isto não tem nada a ver com a situação que estamos a viver", declarou.
A Unidade de Cuidados Integrados de Longa Duração da Santa Casa da Misericórdia de Arronches contou com um investimento de 1,3 milhões de euros, tem capacidade para 29 camas e permitiu a criação de 17 postos de trabalho.
Ana Jorge inaugurou também hoje a Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia de Mora, no distrito de Évora.