A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, defendeu, este sábado, que classe política tem de ser exemplar para não perder a legitimidade, argumentando que caso não se constitua como uma referência dificilmente os portugueses aceitarão sacrifícios.
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"Se nós não formos referências, dificilmente os portugueses aceitarão sacrifícios. A classe política tem de ser exemplar, se não for perdemos legitimidade. Nessa medida, todos e cada um de nós, no seu local, tem de ser essa referência", defendeu Paula Teixeira da Cruz.
A ministra falava perante os deputados do PSD e do CDS-PP, nas jornadas parlamentares conjuntas das duas bancadas, que decorrem desde sexta-feira e terminam este sábado, na sala do Senado da Assembleia da República.
Para a ministra, dados os "tempos muito difíceis" que o país vive, a classe política "tem de se bater por uma forma de fazer política que não é a tradicional".
Paula Teixeira da Cruz fez um "apelo" perante os parlamentares da maioria, argumentando que "é preciso dar um referencial aos portugueses e sobretudo esperança".
Segundo a governante, "não há melhor forma de dar esperança aos portugueses do que dizer aquilo que se fez, aquilo que se mudou".
Nesse sentido, Paula Teixeira da Cruz fez aos deputados uma prestação de contas, passando em revista o trabalho do seu Ministério, tendo começado por chamar a atenção para o "grande combate à criminalidade económica e financeira" e convidado os deputados a olhar para os números da Polícia Judiciária sobre esta matéria.