O ministro da Agricultura, António Serrano, anunciou hoje, quarta-feira, em Penafiel que as ajudas directas aos rendimentos dos agricultores cujas candidaturas foram apresentadas até 31 de maio vão ser pagar até ao final do ano.
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"Na campanha de 2010, nas candidaturas apresentadas até 31 de maio, queremos garantir o pagamento integral de todas as situações regulares até ao final do ano. É para isso que estamos a trabalhar. Ponho a cabeça nesse cepo. É esse o meu objectivo", afirmou o ministro.
António Serrano falava hoje em Penafiel onde participou num debate no âmbito da Feira Agrícola do Vale do Sousa -- Agrival.
O ministro lembrou que quando chegou ao executivo havia nas ajudas directas dois anos de atraso.
"Não havia controlos que permitissem cumprir as obrigações que Bruxelas nos impõe para pagarmos a totalidade das ajudas, afirmou, vincando que "quem está no terreno sabe bem aquilo que tínhamos e o que temos hoje".
António Serrano explicou que nos quase dez meses de trabalho procurou "de forma muito tranquila garantir que 2008 e 2009, em termos de controlos, fossem executados no primeiro semestre de 2010".
Segundo garantiu, foi possível até hoje "regularizar todas as situações que não oferecem dúvidas e que tecnicamente estão em condições de pagar".
Lembrou também que no âmbito dos apoios ao investimento previstos no Proder (Programa de Desenvolvimento Rural) quando chegou ao Governo havia apenas 10,5 por cento de execução e 1,5 na componente de apoio ao investimento.
"Hoje temos uma execução a rondar, na totalidade do Proder, os 24 por cento e a meta de 30 por cento está afixada até ao final do ano. É assumida por mim. No Eixo 1, que é importante para as empresas, onde estávamos com 1,5 por cento há nove meses, estamos agora com 13 % e a meta para o final do ano é 20 por cento", prometeu aos agricultores e representantes de organizações do sector que o ouviam.
"Há um esforço de recuperação enorme que se deu em nove meses", reafirmou.
António Serrano disse também que "a pressão política que é colocada sobre estes dossiês ajuda toda a máquina do Estado e reforça a sua acção".
"Recebo com muita gratidão os apelos para a necessidade de melhorar, porque é para isso que eu trabalho diariamente", observou.
O ministro exortou também todo o sector para que concentre energia na melhoria da sua organização.
"Isso significa um reforço da profissionalização, aumento de dimensão das entidades no terreno, associativas e empresariais, para se projectarem no mercado internacional", exemplificou.