Vários movimentos cívicos da Europa, que estão contra as políticas de austeridade, marcaram uma manifestação internacional e descentralizada para o dia 1 de junho.
Corpo do artigo
No final de um encontro com ativistas e dirigentes de movimentos não partidários e sindicais, promovido pelo movimento "Que se Lixe a Troika", em Lisboa, ficou marcado um protesto na rua contra "o ataque financeiro", que levou "ao desprezo pelas pessoas" e que tornou os "cidadãos escravos da dívida e da austeridade", disse em conferência de imprensa Marco Marques, membro do movimento.
Portugal, Espanha, França, Chipre, Grécia, Eslovénia, Itália, Reino Unido e Alemanha são alguns países que acolherão os protestos locais a 1 de junho.
O convite para participar na luta internacional será extensível a todos, sublinhou Marco Marques em declarações à agência Lusa, referindo que serão convidados a sair à rua sindicatos, partidos políticos, movimentos civis, associações, coletividades, cidadãos.
Para o responsável, "estas mobilizações de rua têm sido a forma mais forte e mais visível de parar os cortes, de parar a austeridade".
"O Governo anuncia para a semana novos cortes e nós temos uma manifestação preparada para parar novos cortes. Não é destruindo a vida das pessoas que salvamos o país", disse.
Na conferência de imprensa estiveram presentes, entre outros, o ativista escocês Jonathon Shafi, o grego Zois Pepes, o francês Miguel Segui e a espanhola Yolanda Picazo.
Em Portugal, no dia 4 de maio, o movimento que se Lixe a Troika irá reunir-se com outras organizações cívicas com vista à participação no protesto de 1 de junho, que quer que seja "inclusivo e descentralizado".
A marcação desta iniciativa europeia, que ultrapassa as fronteiras e os problemas de cada país - tenha ou não sido intervencionado pela ajuda externa da "troika" - poderá dar início à criação de uma rede de contactos entre ativistas europeus contra a austeridade, disse à Lusa Marco Marques.