O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, defendeu na segunda-feira à noite que, ao fim de um ano de Governo, a coligação com o CDS-PP está coesa, apesar de muitos procurem arranjar divergências entre os dois partidos.
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"Este é um Governo de coligação e, um ano depois da sua entrada em funções, a grande verdade é que não há nenhuma razão que possa pôr em causa a coesão e o funcionamento desta coligação de Governo", afirmou Luís Montenegro, durante um jantar do grupo parlamentar do PSD para assinalar o fim da primeira sessão legislativa da atual legislatura.
Segundo o líder parlamentar do PSD, "há muitos que andam há muito tempo à procura de arranjar pequenas divergências no seio desta coligação", mas esse "tem sido um trabalho infrutífero e vai continuar a ser um trabalho que não vai ter grandes resultados".
Ressalvando que respeita "aqueles que querem dedicar muita da sua energia, muito do seu tempo a procurar esses problemas", que não identificou, Luís Montenegro acrescentou: "Esses problemas não existem, e a prova é que, um ano depois de iniciarmos funções, sempre a maioria parlamentar esteve entrosada com os membros do Governo, independentemente da sua proveniência, de serem militantes do PSD ou militantes do CDS-PP ou apenas e só cidadãos que se prontificaram a servir o país neste momento decisivo da nossa história".
Em seguida, também o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quis testemunhar "a grande coesão do Governo e a patente coesão dos dois grupos parlamentares que o vêm suportando todos os dias, no dia a dia, nesta situação de emergência".
Por outro lado, na sua intervenção, o líder parlamentar do PSD criticou o PS por "não ter apoiado uma única das grandes reformas que foram apresentadas ao Parlamento" pelo Governo nesta primeira sessão legislativa, mas defendeu que isso não significa que estas tenham falta de apoio popular.
Luís Montenegro deixou alguns números sobre a atividade da bancada social-democrata e do Governo: "Durante este ano, os deputados do PSD apresentaram 20 projetos de lei, 56 projetos de resolução, formularam 600 perguntas e requerimentos aos membros do Governo, promoveram mais de 200 audiências a instituições e a personalidades".
Quanto ao executivo, o líder parlamentar do PSD referiu que "os membros do Governo estiveram por 336 nos trabalhos das comissões no Parlamento ao longo deste ano", quando "no anterior esse número tinha sido de 221 vezes", e "participaram em 55 sessões plenárias, onde apresentaram 120 iniciativas legislativas".