O secretário-geral da Juventude Socialista, Pedro Alves, afirmou, esta sábado, que as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, sendo "particularmente gravosas para a economia", vão "piorar a situação do país muito mais do que resolvê-la".
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Em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, no início de uma reunião da direcção da Organização de Jovens Socialistas Europeus (ECOSY), o dirigente da JS sustentou que o que tem visto, nos últimos tempos, é que "por mais austeridade seja imposta não só não geramos crescimento económico nem oportunidades para o emprego como estamos a alimentar uma bola de neve que não tem solução".
Na Zona Euro, e agora mais em Portugal, tem-se vindo a olhar "a economia como subordinada a uma lógica de mercado, como se o mercado funcionasse com lógica e não houvesse necessidade de uma intervenção que o corrigisse", acrescentou Pedro Alves.
Embora reconhecendo como "inegável" que o país precisa de "refinanciar a economia" e, daí, a necessidade do acordo de assistência financeira externa, o secretário-geral da JS sublinhou importar "ultrapassar esta etapa" e provar que "vale a pena".
"Para criar emprego e emprego jovem não se pode recuar na dinamização da economia e apostar em áreas em que se tem feito investimento ao nível das qualificações", considerou, destacando a importância de investimentos em energias renováveis e no sector tecnológico.
Pedro Alves advertiu ainda que "sem que se perceber que a economia tem de crescer e sem que haja apoios ao crescimento económico, que é o que tem falhado quer na zona euro quer agora em Portugal, com as novas medidas anunciadas pelo Governo, de pouco servirá estarmos a pensar em estratégias para o emprego".
Da agenda da reunião em Ponta Delgada da direcção da ECOSY, que agrupa cerca de 40 organizações de jovens socialistas europeus, fazem parte encontros com o reitor da Universidade dos Açores e com o secretário da Presidência do Governo Regional.