O novo ministro das Finanças será um independente sem filiação partidária, disse o primeiro-ministro indigitado, Pedro Passos Coelho, em entrevista ao jornal "Financial Times", acrescentando que uma das primeiras medidas será criar uma agência de controlo das contas públicas com dois peritos estrangeiros.
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Na entrevista ao "Financial Times", Passos Coelho acrescentou que esta agência será "completamente independente do Governo e do Parlamento" e afirmou que uma das diferenças entre Portugal e a Grécia é que 80% dos eleitores votaram nos três partidos que se comprometeram com o plano de resgate.
O novo chefe do Governo diz que gostaria de acelerar as metas de redução do défice, mas admite que está receoso de que o Governo socialista tenha deixado algumas "surpresas" nas contas.
Na entrevista disponível na página do diário britânico, Passos Coelho alerta que os próximos dois anos serão "terríveis", com uma recessão a rondar os 2 por cento em cada ano e com o desemprego acima dos 10%, de acordo com as previsões da 'troika'.
A privatização da RTP e de 49% das Águas de Portugal são ideias que Passos Coelho quer implementar, de acordo com a entrevista.