Nuno Melo cita entrevista em que Seguro descreve reestruturação da dívida como "tragédia nacional"
O eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo afirmou, esta terça-feira, que a decisão do PS de acompanhar a discussão da petição pela reestruturação da dívida de um projeto de resolução "contrasta com o pensamento escrito" de António José Seguro, que, citou, disse que reestruturar seria uma "tragédia nacional".
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O também vice-presidente do CDS-PP citou uma entrevista do atual secretário-geral do PS, António José Seguro, ao jornal oficial socialista, quando era candidato à liderança do partido em que afirma ser "contra a reestruturação da dívida, porque seria uma tragédia nacional"-
"Estou a falar do secretário-geral do PS, exatamente aquele que também diz que não promete nada que não possa cumprir. Esta é uma promessa feita em campanha, no caminho que o levou à liderança do PS e com adjetivos que não têm sequer dupla interpretação.
"Essa decisão [de o PS apresentar um projeto de resolução que acompanhe a discussão da petição pela reestruturação da dívida, com base no chamado manifesto dos 70] contrasta com o pensamento escrito do secretário-geral do PS, António José Seguro", disse Nuno Melo aos jornalistas, no parlamento português.
"O que eu aconselharia era que se perguntasse ao secretário-geral do PS como é que pode o partido decidir rigorosamente o contrário daquilo que há pouco tempo, em 2011, o doutro António José Seguro considerava que nos levaria a uma verdadeira tragédia nacional", insistiu.
A rádio renascença avançou hoje que o PS vai apresentar um projeto de resolução que acompanhe a discussão da petição lançada com base no chamado manifesto dos 70 pela reestruturação da dívida.
"Desde o primeiro momento que manifestámos o nosso agrado com o espírito da iniciativa e do manifesto dos cidadãos. Porque, no essencial, há uma convergência com a leitura que nós fazemos para a leitura desta situação de empobrecimento, que tem a ver sobretudo com a necessidade de uma solução europeia", disse o líder parlamentar socialista, Alberto Martins, à emissora católica.