Aos apelos de Cavaco e de Sócrates ao "compromisso" e à "responsabilidade", a Oposição respondeu de forma afirmativa, mas com ressalvas. Um "sim, mas..." que ficou claro quando Passos Coelho disse aos jornalistas que os pedidos não se destinam apenas ao PSD.<br />
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Ausente da sessão solene na Praça do Município, o líder do maior partido da Oposição preferiu participar, horas depois, na festa de inauguração do Centro de Investigação da Fundação Champalimaud, dirigido pela social-democrata Leonor Beleza. Foi aí, em Pedrouços, Lisboa, que disse que "esses consensos e esse sentido de responsabilidade não podem estar só concentrados no PSD e têm de ter outros agentes também". E recusou justificar a sua ausência na sessão oficial, dizendo que a inauguração do centro "é uma comemoração do 5 de Outubro também".
Na Praça do Município, os partidos da Oposição já tinham concordado, com reservas, com o apelo à responsabilidade feito pelo primeiro-ministro e pelo presidente da República. Pelo PSD, falara o secretário-geral, Miguel Relvas, que salientou a necessidade de um compromisso para "um bom Orçamento de Estado e não para um qualquer".
Com Paulo Portas também ausente, quem comentou em nome do CDS-PP foi o vereador António Carlos Monteiro, que elogiou o apelo de Cavaco e reafirmou que os eu partido "é responsável".
À Esquerda, Francisco Louçã, líder do BE, preferiu realçar que a responsabilidade de que falaram Cavaco e Sócrates "é não aceitar que o país continue a degradar-se". Embora presente, Jerónimo de Sousa deixou os comentários para o líder parlamentar do PCP. Bernardino Soares salientou a "omissão no discurso de Cavaco das consequências injustas das decisões do Governo".