O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou, esta segunda-feira, na abertura das Jornadas Parlamentares do partido, que o atual Governo já não tem legitimidade política nem base de apoio social para tomar decisões de envergadura como é um Orçamento de Estado, que classificou de "arma de arremesso mortífera" para os trabalhadores.
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Segundo o líder do PCP, as recentes lutas, como a manifestação da CGTP no Terreiro do Paço, "mostram um Governo crescentemente isolado, distante do povo", mas também "o repúdio por uma política cada vez mais desacreditada".
A seu ver, as cerimónias do 5 de Outubro, "foram bem um espelho de um poder acossado, com um primeiro-ministro longe do país e um Governo e um presidente da República cada vez mais confinado ao seu reduto, longe do povo e com medo do povo e tal como naquela bela canção de resistência, já só pensa trancar as portas e reforçar as sentinelas".
Ainda para Jerónimo, ficou claro no debate da moção de censura, que o Governo é um Governo do passado e que quer sobreviver a todo o custo para consumar o seu programa de austeridade, com um "brutal aumento de impostos" e ainda um Orçamento assente num "desmedido programa de privatizações".
Daí que o país precise "urgentemente de promover uma alternativa", não uma qualquer, mas uma "alternativa patriótica e de Esquerda, capaz de combater as verdadeiras causas da grave situação do país.