O Partido Ecologista "Os Verdes" acusou, esta sexta-feira, o Governo de "atirar areia para os olhos dos portugueses" com os resultados das mais recentes avaliações da troika, com o primeiro-ministro a reiterar a determinação no cumprimento das metas acordadas.
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"O país precisa de novas políticas e não novos números políticos", declarou a deputada Heloísa Apolónia no Parlamento, com o primeiro-ministro a reiterar a necessidade de fechar o programa de ajustamento no período acordado, junho de 2014.
"Estou convencido que temos boas condições para o fazer. Não é garantido, não há absoluta garantia disso, mas estamos a fazer tudo para o conseguir alcançar", sublinhou Pedro Passos Coelho.
A troca de argumentos entre o partido ecologista e o Governo deu-se durante o debate quinzenal no Parlamento, dedicado ao tema da 8.ª e 9.ª avaliações da troika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) sobre o Programa de Assistência Económica e Financeira de Portugal.
Heloísa Apolónia questionou também o primeiro-ministro sobre a contenção suplementar para 2014 das despesas dos ministérios equivalente a 0,3% da despesa primária, como anunciado na quinta-feira pelo vice-primeiro-ministro Paulo Portas.
"O que é isto? Quer fazer o favor de explicar? É que isto pode significar com grande clareza maior perturbação na prestação dos serviços como saúde ou educação às populações", disse a deputada.
Na resposta, o primeiro-ministro disse que se a perspetiva do partido ecologista é de que o país em 2014 "precisaria de gastar mais, baixar impostos e aliviar o esforço de consolidação que está a fazer", então Heloísa Apolónia "tem razão para estar dececionada".
"Aquilo que a senhora deputada vê é exatamente o contrário: um Governo determinado em cumprir os objetivos e as metas que negociou, em reduzir o défice", apontou.
