Pais conseguiram contratação de auxiliar

AEB1 Acipreste do Agrupamento de escolas D. Pedro I, no concelho de Alcobaça, é uma escola com 16 alunos e uma única sala para os quatro anos do 1.º Ciclo. O facto de a lei não atribuir a esse estabelecimento, com menos de 48 alunos, uma auxiliar de acção educativa é para os pais um pesadelo - explicou ao JN Cristela Francisco, uma das encarregadas de educação. Organizados em "representação" (e não associação) uniram-se aos encarregados de educação do outro estabelecimento de 1.º Ciclo do agrupamento para resolverem o problema. Assumiram os encargos de uma auxiliar depois de elaborarem um projecto, "Segurança na Escola", para a Junta de Freguesia pedir no centro de emprego um "programa ocupacional" para uma auxiliar a tempo inteiro.

"Estamos à espera. Na semana passada, uma aluna caiu e teve de ir ao hospital. A professora não podia abandonar os outros 15. Por sorte, lá se conseguiu contactar a avó, caso contrário a criança teria de ir sozinha na ambulância".

"Se fôssemos associação podíamos pedir directamente ao centro de emprego o programa, mas a falta de estrutura nunca nos impediu de falar com todas as entidades", afirmou. Na outra escola, já está colocada uma auxiliar. O agrupamento pediu "um plano ocupacional ao centro de emprego". Autarquia, junta e agrupamento alegaram aos pais não ter verbas.

Este ano, a EB1 Acipreste recebeu alunos de outra escola. A câmara assegura o transporte, mas o táxi deixa os alunos na escola às 8.30 horas, que só abre às 9h. É nesse período e durante as Actividades de Enriquecimento Curricular que a preocupação aumenta.

Cristela Francisco também faz parte do Conselho Geral da EB2,3 Frei Estevão Martins, onde andam as suas outras duas filhas. Nesse caso, a associação de pais está a ultimar a adesão à Confap. Aí, a "batalha" é a aprovação do projecto educativo para os próximos três anos e a aplicação da nova lei da Educação Sexual.