Pedro Passos Coelho ouviu, no mercado de Tomar, numerosos apelos para "ir para o lugar da senhora que lá está" na liderança do PSD e respondeu que "depois das autárquicas é que se fala disso".
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"Agora não quero falar disso porque não estamos em campanha interna do PSD, mas em campanha das autárquicas", respondeu quando instado pelos jornalistas a reagir às numerosas manifestações de apoio que foi recebendo no mercado semanal de Tomar.
Candidato à Assembleia Municipal de Vila Real, Passos Coelho foi hoje, sexta-feira, "dar uma ajuda" na campanha do seu amigo Miguel Relvas, candidato à Assembleia Municipal de Tomar.
Ambos foram retirados pela presidente do partido, Manuela Ferreira Leite, das listas de deputados à Assembleia da República, situação que deu azo também a alguns comentários, como o do tomarense que se virou para Miguel Relvas dizendo: "Você ia para a Assembleia, esquecia-se e ia lá dormir, dizem eles. Ela foi uma má coisa do partido. Velhos como eu precisam é de descansar. A partir do dia 11 têm que correr com ela de lá".
Miguel Relvas, que viu o seu nome na lista de deputados do partido pelo distrito de Santarém substituído pelo de Pacheco Pereira, por imposição da líder, frisou que a derrota nas legislativas de 27 de Setembro foi "muito significativa".
Segundo disse à Agência Lusa, depois das autárquicas, é preciso "construir uma alternativa, uma nova esperança para o PSD e para Portugal".
"Isso significa que no dia 11 de Outubro, depois das autárquicas, tenhamos a capacidade de reabrir um novo quadro político. É para isso que estamos a trabalhar, por uma vitória nas autárquicas. Em tempo de guerra não se limpam armas e, portanto, as questões da vida do PSD, depois do dia 11. Até lá, lutar pela vitória nas autárquicas", afirmou.
Também Passos Coelho apelou a "um bom resultado" nas autárquicas, ou seja, conseguir repetir o "resultado excepcional" de há quatro anos, mantendo a maioria das camas municipais e das juntas de freguesia no conjunto do país.