O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta terça-feira, que a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2014 "não tem folgas". Uma intervenção que contraria as mensagens mais otimistas de representantes de PSD e CDS, que nos últimos dias criaram a sensação de que poderia haver algum alívio na austeridade programada para o próximo ano.
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No encerramento das jornadas parlamentares do PSD e do CDS-PP, na Assembleia da República, o primeiro-ministro defendeu que, "se há alguma medida que precise de ser calibrada de outra maneira, isso terá de ter uma contrapartida em alguma outra medida do orçamento", sem "recurso a mais impostos".
Perante as bancadas da maioria PSD/CDS-PP, Pedro Passos Coelho declarou: "Quando tratarmos de reduzir ou flexibilizar uma determinada despesa, temos de apertar alguma outra, mas isso os senhores deputados já sabem que é assim, não estariam à espera de alguma outra coisa, porque se não o Governo não teria cumprido bem com as suas obrigações. Mas esse espaço, sendo limitado, portanto, dadas as condições em que vivemos, é um espaço que existe e que os senhores deputados devem aproveitar".
Na sua intervenção, o primeiro-ministro ressalvou que "o Governo não envia a proposta de lei para carimbar no parlamento" e que "os senhores deputados têm, dentro das suas prorrogativas constitucionais, a possibilidade de melhorar esta proposta de orçamento", respeitando os objetivos acordados por Portugal.