O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, destacou esta quarta-feira a unanimidade das previsões dos "diversos institutos" relativamente à recuperação do crescimento da economia portuguesa em 2014, afirmando que o Governo tem feito "tudo o que pode para maximizar essas expectativas".
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"O que posso dizer e reafirmar é que todas as previsões apontam num sentido: de que, em 2014, a economia portuguesa recupere em termos de crescimento e que, por essa razão, ao longo de 2013 se espera uma inversão dessa tendência recessiva", afirmou Passos Coelho à margem da tomada de posse da nova direção da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), em Gaia.
Segundo o primeiro-ministro, só perante uma "perspetiva de ceticismo, em que as previsões se fossem adensando negativamente e se esperasse uma recessão tão ou mais grave do que no ano anterior", haveria necessidade de "parar para rever a estratégia económica". "Mas não é isso que acontece", sustentou.
Sublinhando que "umas (previsões) são mais pessimistas, outras mais otimistas, mas todas mostram que Portugal deverá ter, em 2013, um resultado em termos de contração do PIB (Produto Interno Bruto) menor do que no ano passado e que haverá crescimento em 2014", Passos Coelho afirmou que "o Governo tem estado a fazer, como lhe compete, tudo o que pode para maximizar essas expectativas".
Neste contexto, e depois de o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ter afirmado esta quarta-feira em Frankfurt ser "apropriado falar em sair do programa e reganhar acesso ao mercado" de financiamento, Passos Coelho reiterou estar já a ser preparado "esse caminho".
"Quando colocámos na agenda pública o debate sobre a reforma das políticas públicas e a reforma do Estado temos, justamente, em mente uma fase nova do país, que é a fase pós 'troika'. Sabemos que encerraremos formalmente esse dossiê por junho de 2014, mas é nesta altura, a um ano de distância, que preparamos esse caminho, não é em cima do joelho, em 2014", afirmou.
O regresso de Portugal aos mercados, na semana passada, foi também apontado pelo primeiro-ministro como parte da preparação para uma "transição tranquila e duradoura".
"Naquilo que representa financiamento do Estado, que são as transferências oficiais feitas pelo FMI e pelos nossos parceiros europeus, não temos problemas de financiamento em 2013, temos as necessidades de financiamento cobertas. Não temos pressa, desse ponto de vista, de ir ao mercado financiar o Tesouro, o que nós temos é de aproveitar as boas oportunidades para que, indo a mercado, possamos preparar uma transição que seja tranquila e duradoura de acesso pleno aos mercados de financiamento".