O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou este domingo que aceita as críticas que possam ser dirigidas à sua governação, reiterando que não vira a cara às dificuldades.
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Pedro Passos Coelho foi questionado pelos jornalistas em Campo Maior sobre se o Governo perdeu "o estado de graça" e sobre as críticas internas que têm sido feitas às medidas do Executivo.
"Quando me candidatei à liderança do Governo sabia que ia encontrar uma situação muito difícil, portanto, não estava à espera de ser primeiro-ministro num tempo de facilidades mas também não viro a cara à primeira dificuldade", disse o primeiro-ministro.
Passos Coelho referiu ainda que "as pessoas que pensam poder viver e trabalhar sem críticas enganam-se porque não há ninguém que possa estar isento de críticas e eu aceito as críticas de muito bom grado".
"Há uma coisa que os portugueses sabem e podem contar da minha parte é que não sou do género de ficar em casa a lastimar-me nem desistir daquilo que é importante fazer para Portugal: nós estamos abertos à crítica e estamos abertos ao diálogo, mas sabemos para onde queremos ir e não vamos desistir", concluiu.
A imprensa tem dado conta de várias críticas feitas nos últimos dias, entre as quais as de Ferreira Leite que falava no semanário Expresso da "pouca justiça e eficácia" da política fiscal seguida pelo Governo.
O primeiro-ministro esteve esta manhã em Campo Maior a visitar o último dia das festas do povo e seguirá para o encerramento da Universidade de Verão do PSD.