Pedro Passo Coelho reagiu, este sábado à noite, à notícia do jornal Expresso que garantia que uma escuta com o primeiro-ministro, feita no âmbito do processo "Monte Branco", tinha sido enviada pela Procuradoria-Geral da República para validação no Supremo Tribunal de Justiça. "Não tenho receio que alguma coisa que tenha dito ao telefone venha a público", garante.
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Instado a comentar o caso, o primeiro-ministro afirmou ter sentido "muita perplexidade" quando leu a notícia e com a possibilidade de ter sido escutado. Garantiu ainda não ter nenhum conhecimento sobre o assunto e, por isso, disse ter "dificuldades para comentar matérias" que afirma desconhecer.
Passos Coelho acrescentou ainda que, caso a notícia seja verdadeira, "é preciso saber o que se passou para essa ilegalidade ter acontecido, quem é responsável por esse segredo de justiça ter sido quebrado. O jornal parece ter mais informação do que eu", disse.
O primeiro-ministro, que falou aos jornalistas no final da reunião do conselho nacional do PSD, que se juntou num hotel em Lisboa para discutir o futuro da coligação PSD-CDS, asseverou também que é "muito conscencioso" com as suas conversas ao telefone e mostrou-se totalmente disponível para que a conversa eventualmente escutada seja publicada. "Tenho todo o prazer e todo o gosto que essas escutas sejam reveladas", concluiu.