O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta quarta-feira, "não poder concordar mais" com as declarações do presidente da República, garantindo que o Governo se tem focado "no essencial" e dedicado "pouco tempo às questões menores em termos de política corrente".
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No âmbito da visita oficial de dois dias a Portugal do primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, Pedro Passos Coelho falava, em Serralves, no Porto, numa conferência de imprensa conjunta, onde as declarações do presidente da República - que disse esta quarta-feira que a retórica inflamada e sem conteúdo, as intrigas e jogadas político-partidárias não acrescentam "um cêntimo" à produção nacional e não criam um único emprego - foram um dos temas.
"Li as declarações que o senhor presidente da República fez e não posso concordar mais com elas. De resto é isso que o Governo tem procurado fazer: focar-se no essencial, dedicar pouco tempo às questões menores em termos de política corrente e focar-se muito nos resultados principais que precisa de entregar", enfatizou.
O primeiro-ministro rejeita a distração com "pequenos pormenores", considerando que o "essencial para Portugal é reganhar a sua autonomia orçamental para que, no futuro, a possa exercer com mais responsabilidade do que fez no passado".
"Procurar fazer uma execução do nosso programa de assistência que seja bem-sucedido de modo a poder reganhar pleno acesso no financiamento não oficial e poder apresentar uma economia mais robusta e mais competitiva do que aquela que herdamos na última década e meia. Isso é o essencial", declarou.