O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, convidou sexta-feira o secretário-geral do PS, António José Seguro, para analisar em conjunto o processo de conclusão do programa de assistência financeira e para a construção de uma "estratégia de médio prazo".
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"De facto, a capacidade para encontrar um entendimento político alargado sobre esta estratégia pós-troika" assume, neste contexto um relevo grande e pode beneficiar significativamente as perspetivas de crescimento e emprego para a economia portuguesa e para os portugueses", sublinhou Passos Coelho.
Na carta, datada de sexta-feira e divulgada hoje à Agência Lusa, o primeiro-ministro propõe que a reunião se realize "tão breve quanto possível" para "analisar em conjunto o processo de conclusão do Programa de Assistência e a construção de uma estratégia de médio prazo" com os contornos que apontou.
O primeiro-ministro começou por salientar que as "sucessivas e bem sucedidas avaliações trimestrais realizadas" bem como a "progressiva melhoria das condições de acesso a financiamento de mercado" permitem ao Governo acreditar que o país concluirá "favoravelmente o programa de assistência".
No entanto, assinalou, "os termos e condições em concreto" que marcarão o fim do processo dependerão, em grande medida, "da capacidade portuguesa para apresentar uma estratégia pós-troika".
Esta estratégia "pós-troika" deve incluir "uma estratégia orçamental de médio prazo que ancore de forma robusta as perspetivas de disciplina orçamental compatíveis quer com o tratado de estabilidade, coordenação e governação, quer com os objetivos assumidos com a Comissão Europeia" no que respeita à redução do défice orçamental e à sustentabilidade da dívida pública.
"Também a avaliação e monitorização das reformas estruturais já levadas a cabo e a identificação de aspetos e áreas relevantes para um crescimento económico sustentado e inclusivo constituem pontos estratégicos de uma visão de futuro para além de cada ciclo governativo", defendeu Passos Coelho.