O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse, em Oliveira de Azeméis, que o país está mais confiante e otimista, mas é preciso "preservar o rigor para o futuro, mantendo os pés bem assentes na terra".
Corpo do artigo
"Quando até os nossos adversários olham para o futuro com mais esperança é porque de certeza Portugal é hoje um país mais livre, mais confiante e mais otimista no futuro do que aquele que nos legaram em 2011", referiu.
Passos Coelho discursava, sábado à noite, durante um jantar de comemoração do Dia Internacional da Mulher, em Cucujães, Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro.
O primeiro-ministro realçou, contudo, que é preciso olhar para o futuro com prudência para "não estragar o que tanto trabalho nos deu a alcançar".
"Não queremos olhar para o futuro de uma forma imprevidente, de uma maneira que pudesse colocar em causa os sacrifícios que fizemos e os equilíbrios que tanto nos custou alcançar", afirmou.
Passos realçou ainda a necessidade de aproveitar bem as condições que vão surgir, criticando a forma como o país desperdiçou os seus recursos no passado.
"Nos últimos anos gastámos muito dinheiro em Portugal sem qualquer retorno. Se tivéssemos de fazer uma avaliação do que representou o investimento em Portugal, a despesa suportada por financiamento público e financiamento europeu, chegaríamos à conclusão que o resultado é não só frustrante como capaz de gerar indignação", disse.
O governante referiu-se ainda às circunstâncias da vida social, defendendo que quem tem preocupação social em Portugal é quem defende o investimento, o crescimento da economia, o rigor das contas públicas e o equilíbrio das finanças.
"Quem tem preocupação social não é quem proclama essa preocupação. É quem assegura que essa realização social tenha financiamento do lado do Estado, criação de riqueza por parte das empresas e financiamento assegurado por parte da economia", acrescentou.
O jantar de comemoração do Dia Internacional da Mulher contou com a presença de cerca de 900 mulheres, uma adesão a fazer lembrar um jantar em período eleitoral, como reconheceu Helga Correia, líder do núcleo local das Mulheres Sociais-Democratas.