O primeiro-ministro disse esta segunda-feira, em Felgueiras, esperar ainda uma aproximação, "sem equívocos", entre o Governo e o PS para chegar a acordo, no parlamento, sobre a reforma do IRC.
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"Espero que não haja mais equívocos à volta das propostas que foram apresentadas e seja possível, no parlamento, obter o apoio do PS para essa reforma", afirmou Pedro Passos Coelho.
Falando aos jornalistas, à margem de uma visita a uma empresa de calçado, o chefe do Governo sublinhou as diligências junto do PS para que a reforma "possa ser coroada de êxito", com "uma aproximação" às propostas das duas partes.
"Isso era importante no futuro para dar uma noção de estabilidade", disse, considerando que esta reforma "não é apenas para durar este Governo.
"É para durar para os próximos largos anos e isso será tanto mais credível quanto o principal partido da oposição se vincule aos objetivos desta reforma", acrescentou.
O primeiro-ministro observou que o Governo não pode obrigar "o PS a aceitar os princípios desta reforma". "Julgamos que é boa para o país, para atrair investimento e criar riqueza por via da retoma privada. Julgo que isso é sensível para o PS", concluiu.
Governo apresenta avaliação da "troika"
Entretanto, o Governo apresentará esta segunda-feira, às 16 horas, os resultados da décima avaliação ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), em conferência de imprensa, anunciou o gabinete do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.
Os resultados do décimo exame regular vão ser apresentados pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e pelo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, na Presidência do Conselho de Ministros.
A décima avaliação regular ao programa português começou no dia 4 de dezembro e é a antepenúltima avaliação deste programa de resgate, que termina em junho do próximo ano.