O primeiro-ministro justificou, este sábado, a eliminação dos subsídios de Natal e de férias apenas na Função Pública, até 2013, pelo facto da média salarial ser superior à que se regista no sector privado.
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"A verdade é que em média os salários na Função Pública são 10 a 15 por cento superior à média nacional", disse Pedro Passos Coelho, salientando, contudo, que o mesmo já não se passa nos "lugares cimeiros da administração pública".
O governante explicou ainda que "estender esta medida ao sector privado não resolveria o problema do défice orçamental".
Contudo, o primeiro-ministro destacou a preocupação em distribuir os sacrifícios: "Como tem que existir equidade e temos que fazer um esforço grande para a economia volte a crescer, permitimos que os trabalhadores do sector privado trabalhassem mais pelo mesmo salário".
O que significa, na prática, enfatiza, "que terão um salário relativo menor".
Perante uma plateia de autarcas sociais-democratas que se reuniram em Leiria, Pedro Passos Coelho aproveitou para lhes agradecer "o empenhamento que fizeram ainda antes da Administração Central" ao nível da redução da despesa do Estado.