Pedro Passos Coelho formalizou, esta sexta-feira, a sua recandidatura à liderança do PSD defendendo que Portugal precisa de "um horizonte de estabilidade e muita determinação política" no "novo ciclo eleitoral" que inclui europeias, legislativas e presidenciais.
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"Aguardarei até ao final da tarde para saber se algumas outras iniciativas terão aqui comunicação com a intenção de se candidatar à liderança do PSD", declarou Pedro Passos Coelho aos jornalistas, depois de entregar o seu processo de candidatura e a sua moção de estratégia global na sede nacional dos sociais-democratas, em Lisboa.
O prazo para a entrega de candidaturas à liderança do PSD, que têm de ser subscritas por um mínimo de 1500 militantes com capacidade eleitoral, e das respetivas moções de estratégia global termina às 18.00 horas.
Pedro Passos Coelho referiu que a sua recandidatura ao cargo de presidente do PSD foi entregue com "mais de 6000 subscrições" e remeteu a apresentação da sua moção de estratégia global para esta sexta-feira à noite, em Aveiro.
Quando entregou ao presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, Calvão da Silva, e ao secretário da Mesa do Congresso, Duarte Pacheco, uma "pen" com a sua moção, Passos Coelho observou que ali estava "guardado o segredo estratégico do PSD".
A seguir, numa declaração de quatro minutos, o também primeiro-ministro afirmou: "Esta candidatura corresponde a uma vontade da minha parte de, nos próximos dois anos, manter a liderança do PSD. Esse é um ciclo eleitoral novo que o PSD vai conhecer e que coincide com o próximo ciclo eleitoral do país, compreendendo as eleições para o Parlamento Europeu, já em maio deste ano, em 2015 as eleições legislativas e as eleições presidenciais que tomarão conta do nosso calendário no início de 2016".
Passos Coelho tinha ao seu lado Fernando Ruas, mandatário nacional da sua candidatura, e o seu diretor de campanha, Pedro do Ó Ramos.
"Trata-se, portanto, de uma candidatura que pretende, como tive ocasião de dizer já publicamente, manter a liderança que o PSD tem exercido do Governo, numa altura em que nós precisamos de recuperar, quer do ponto de vista económico, quer social, da crise profunda que abalou o país a partir de 2011 e que necessitará, é a minha convicção, de um horizonte de estabilidade e de muita determinação política, como a que tivemos até hoje, para que o conjunto das reformas que temos vindo a empreender possam ser consolidadas e que a recuperação do país não seja colocada em causa", acrescentou.