O primeiro-ministro voltou a reconhecer esta tarde, "com humildade", que teve "falhas" no pagamento à Segurança Social, mas reafirmou que não tem nenhuma situação por regularizar seja em matéria contributiva ou fiscal e rejeitou que seja feita "manipulação política" sobre este assunto.
Corpo do artigo
"Tal como disse em algumas ocasiões, não tenho nenhuma situação por regularizar, seja em matéria fiscal ou contributiva", disse, numa declaração inicial de cerca de cinco minutos, na abertura do debate quinzenal no Parlamento, onde lamentou as suas " falhas" nos pagamentos à Segurança Social.
"Lamento profundamente não ter tido consciência dessas obrigações", disse, garantindo que só não a pagou mais cedo, em novembro de 2012, quando pela primeira vez foi confrontado com este facto, para "não criar nenhum equívoco quanto à possibilidade de me ser assacado um beneficio que não é mais do que um direito para a constituição de direitos futuros", disse, acabando por fazê-lo este ano, em fevereiro, face à persistência dessa "dúvida".
O primeiro-ministro garantiu estar disponível para prestar todos os esclarecimentos ao Parlamento, mas deixou um aviso: "Não aceitarei que, a coberto desse escrutínio e clarificação, se queira fazer uma manipulação política sobre a minha situação contributiva ou fiscal que não corresponde à verdade", disse, sendo aplaudido pela bancada do PSD.
Durante o debate, e já na fase de perguntas dos partidos, registou-se um pequeno incidente no Parlamento. Das galeias, um grupo de pessoas gritou "demissão" e "metes nojo ao povo", acabando por ser retiradas pela polícia.