O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, evitou comentar em Brasília, as novas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
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"Compreendo [a pergunta], mas quando tenho que representar o país tenho a regra que é fazer política externa e nada mais", disse o ministro, quando questionado pelos jornalistas.
Paulo Portas encontra-se em Brasília, onde participou esta noite na abertura oficial do Ano de Portugal no Brasil e de Brasil em Portugal.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou esta sexta-feira mais medidas de austeridade para 2013, incluindo os trabalhadores do setor privado, que, na prática, perderão o que o primeiro-ministro diz corresponder a um subsídio através do aumento da contribuição para a Segurança Social de 11 para 18%.
Os funcionários públicos continuam com um dos subsídios suspensos (na totalidade nos rendimentos acima dos 1.100 euros/mensais e parcialmente acima dos 600 euros) e o outro é reposto de forma diluída nos 12 salários, que será depois retirado através do aumento da contribuição para a Segurança Social.
A contribuição das empresas passa dos atuais 23,75% para 18%. Os pensionistas continuam sem subsídios de natal e férias.
Estas medidas ~vão estar previstas no Orçamento do Estado de 2013 e são justificadas pelo Governo como uma forma de compensar a suspensão dos subsídios de férias e de Natal em 2013 e 1014, "chumbada" pelo Tribunal Constitucional.