O PCP acusou, este domingo, o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, de protagonizar uma "farsa" para se desvincular das medidas de austeridade do Governo e se ilibar das suas consequências.
Corpo do artigo
Através de um comunicado, o PCP reagiu às declarações feitas, este domingo, por Paulo Portas, no Porto, afirmando que estas "são parte da farsa que o CDS vem alimentando para se procurar ilibar das devastadoras consequências para o país e para os portugueses da ação do Governo a que pertence".
Segundo os comunistas, Paulo Portas começou por fazer uma "cínica operação" ao prometer uma "avaliação" por parte do CDS-PP das recentes medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Finanças, "como se com elas não estivesse comprometido", e hoje, depois de reunir os órgãos nacionais do CDS-PP, fez uma "falsa invocação de um putativo interesse nacional que justificaria a aceitação daquelas".
Para o PCP, a atitude de Paulo Portas constitui "um inqualificável manobrismo político para procurar ocultar a sua profunda vinculação aos objetivos de uma política de favorecimento dos interesses do grande capital e de devastação das condições de vida de milhões de portugueses".
"Subscritores do pacto de agressão, entusiastas da submissão do país perante a ingerência externa e parceiros ativos da maioria e do governo, Paulo Portas e CDS-PP-PP são responsáveis por cada uma das medidas do governo que integram - do roubo nos salários e nas reformas, da falência de milhares de pequenas e médias empresas, à ruína da agricultura - e pelo rumo de declínio económico, retrocesso social e afundamento do país", defendem os comunistas.