O PCP lamentou, esta terça-feira, que o Orçamento do Estado seja apresentado aos partidos a poucas horas de ser entregue e sem a ministra das Finanças, avançando que o documento apresentada "mais austeridade, reforçada, sempre sobre os mesmos".
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À saída da reunião com membros do Governo para apresentação do Orçamento do Estado para 2014, no Parlamento, o deputado comunista Paulo Sá quis manifestar "desagrado" pela apresentação do documento acontecer a poucas horas de ser entregue e sem a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
O Governo está representado por secretários de Estado, nomeadamente pelo secretário de Estado adjunto Carlos Moedas.
"O Governo limitou-se a apresentar aquelas que são as suas linhas gerais sobre o Orçamento do Estado que vai apresentar hoje ao final da tarde, mas é possível concluir que o Governo está empenhado em seguir o mesmo rumo de austeridade que já estava presente no Orçamento do Estado de 2013 e que agora, de acordo com as medidas que têm vindo a público, é agravado no Orçamento do Estado de 2014", disse Paulo Sá.
Para o deputado comunista, que esteve na reunião com o deputado Miguel Tiago, o Orçamento traz "austeridade, mais austeridade, reforçada, sempre sobre os mesmos, à custa dos mesmos".
O PCP não se quer pronunciar sobre dúvidas relativas à eventual inconstitucionalidade de normas do Orçamento antes de o conhecer, mas promete desde já "dar combate a todas e a cada uma das medidas" que entendam não servir "o interesse dos portugueses e de Portugal".