O secretário-geral do PCP afirmou, esta terça-feira, que não há "plano B ou plano C" que resolva os problemas orçamentais portugueses. Em causa, o facto de Portugal ter de apresentar à 'troika' um novo pacote de medidas de corte na despesa, caso se comece a registar uma nova derrapagem no cumprimento da meta de défice orçamental em 2013.
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"Com o Governo a defender esta política, com plano B ou plano C, no essencial, se não for alterada, se não houver ruturas com esta política, se se mantiver este seguidismo em relação a esse pacto de agressão (...), podem inventar planos com o abecedário todo que não resultará com certeza", disse Jerónimo de Sousa.
O líder dos comunistas reagia, assim à notícia, avançada pelo Jornal de Negócios, segundo a qual o Orçamento do Estado para 2013 "não será o único plano do Governo para o próximo ano" já que, segundo a Comissão Europeia, Portugal "tem um mês para apresentar à 'troika' um novo pacote de medidas de corte na despesa, uma espécie de plano B que terá de estar pronto a ser colocado no terreno em 2013, caso se comece a registar uma nova derrapagem no cumprimento da meta de défice orçamental".
Sublinhando que o memorando de entendimento assinado com os credores internacionais "não é um documento genérico", mas "um documento preciso e conciso em relação a estas medidas e a estes orçamentos", Jerónimo de Sousa insistiu várias vezes que é preciso "uma rutura com este caminho para o desastre", uma "alternativa que o Governo não será capaz de fazer".
O secretário-geral do PCP falava aos jornalistas no final de um encontro na sede do partido com os reitores das universidades Clássica e Técnica de Lisboa.