O PCP disse, esta sexta-feira, que o Governo "não pode permanecer indiferente" perante a manifestação de quinta-feira que juntou milhares de elementos das forças e serviços de segurança em "repúdio" contra a política do executivo.
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"O Governo não pode permanecer indiferente perante esta manifestação de força e não pode permanecer indiferente perante as justas reivindicações destes profissionais", declarou o deputado comunista António Filipe em declarações aos jornalistas no parlamento.
O deputado diz que o país assistiu porventura à "maior manifestação de sempre em Portugal envolvendo profissionais das forças de segurança", e destacou a "grande abrangência de forças e serviços representados" e o "enorme número de profissionais que participaram na manifestação".
Milhares de elementos das forças e serviços de segurança manifestaram-se, na quinta-feira, frente ao parlamento, numa ação de protesto em que a tensão foi elevada, com manifestantes a conseguirem invadir parte da escadaria da Assembleia.
Logo na noite de quinta-feira, o PCP, através de uma nota do seu gabinete de imprensa, manifestou a sua solidariedade aos profissionais das forças e serviços de segurança pelas "justas reivindicações que motivaram a sua luta e pelo grau de coesão, unidade, disciplina e responsabilidade manifestados".
Durante os protestos, foram registados 10 feridos e duas pessoas identificadas por desacatos.
O cortejo de protesto, que começou no Marquês de Pombal, foi promovido pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, estrutura que congrega os sindicatos mais representativos da GNR, PSP, ASAE, SEF, Guarda Prisional e Polícia Marítima.