A Procuradoria-Geral da República não vai reabrir o caso de Madeleine McCann com base no telegrama revelado pelo site Wikileaks. O inquérito só poderá ser reaberto se aparecerem factos novos credíveis e relevantes.
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O site revelou que o embaixador britânico, em Portugal, terá dito ao seu homólogo norte-americano que a polícia inglesa tinha encontrado provas incriminatórias contra Gerry e Kate McCann pelo desaparecimento da filha. E o embaixador americano terá relatado a conversa num telegrama diplomático.
O advogado do casal em Portugal, Rogério Alves, manifestou-se contra a reabertura do processo. "Essas informações são totalmente inúteis. Trazem apenas uma referência a uma prova que o Ministério Público e a Polícia Judiciária consideraram inútil (...) Ninguém num estado democrático pode ser levado a tribunal com base no ladrar de cães", defendeu à TSF.
O porta-voz do casal, Clarence Mitchell, também desvalorizou o telegrama revelado pelo Wikileaks. "É uma nota histórica que tem mais de três anos", afirmou, sublinhando que Gerry e Kate continuam a procurar a filha.
Já o ex-investigador da PJ, Gonçalo Amaral, considerou "estranho" ser necessário um embaixador falar de provas "para se dar alguma veracidade à responsabilidade dos pais" no desaparecimento de Maddie.