<p>Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos do Algarve, diz que há muitas entidades com competência sobre a costa, o que dificulta a intervenção.</p>
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Este acidente vai afectar a imagem do Algarve como um destino turístico seguro?
Penso que não. Embora seja uma situação lamentável, não coloca em causa o Algarve enquanto um destino turístico seguro. O local estava assinalado como perigoso, infelizmente as pessoas não tiveram os devidos cuidados. À excepção de acidentes com pessoas que caem das falésias - o que acontece em todo o lado -, só há registo de uma derrocada, com vítimas, no Algarve, também em Albufeira, há muitos anos.
Em 2008, foi lançada uma campanha para melhorar a informação nas zonas mais perigosas. Tem havido melhorias?
Não noto grandes diferenças. A informação é muito importante, mas mais importante é que haja intervenções no sentido de preservar a costa. O litoral é o nosso bem mais valioso - temos 800 quilómetros de costa. É necessário um plano de intervenção em todo o litoral.
As intervenções feitas no Algarve são suficientes?
Foram feitas algumas obras, como a conservação das falésias da costa da cidade de Albufeira, em que foi possível proteger aquela zona, sem alterar o aspecto natural. Mas, de uma forma geral, podia ter-se feito mais, podia ter-se investido mais na conservação da costa, não só do Algarve, como de todo o país. As intervenções realizadas não têm a amplitude desejável.
O que tem falhado?
Há uma série de entidades com competência sobre a costa, o que dificulta muito uma intervenção eficaz.