"Empenhada e inequívoca" foi como Paulo Portas descreveu, esta quinta-feira, a sua "disposição para vencer o combate de 2015 e renovar a maioria", sem mencionar, porém, o PSD ou se quer uma coligação para as legislativas, e garantindo que o CDS fará "o seu trabalho de casa, abrindo-se e investindo em ideias e soluções" para o país.
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Na sua mensagem de "Ano bom", o líder do CDS e vice-primeiro-ministro considerou "natural" a sua "vontade de governar em tempos mais normais e com uma economia em crescimento", quando, "historicamente", só foi chamado a exercer estas funções "quando a casa já estava a arder". E explicou que as propostas que o partido irá construir são "para um país que, no próximo mandato, felizmente, já não será governado em estado de exceção".
Embora com disposição para renovar a maioria, Portas mantém, desta forma, o tabu sobre uma aliança eleitoral com o seu parceiro de Governo, apesar de ter garantido que não será pelo CDS que as conversações com o PSD não terão início.
Numa estratégia de demarcação e afirmação do partido, o presidente do CDS afirmou, ainda, que este "não faz parte dos que conduziram o país ao precipício, chamaram a troika ou negociaram o memorando".
Mas "o CDS, na medida da força que os portugueses lhe deram, foi chamado de urgência, lado a lado com os nossos parceiros de Governo", para a seguinte "missão": "aguentar o tsunami financeiro, arrumar a casa orçamental, moderar os impactos sociais, garantir uma legislatura estável e, ponto muito relevante, valorizar políticas -a economia, as exportações e o investimento, o emprego e a solidariedade, a agricultura e as pescas, o turismo, a reforma fiscal, por exemplo - muito importantes para virar a página e encarar um futuro melhor".
Numa mensagem marcada pelo otimismo, Portas disse, igualmente, que 2015 tem "condições para ser o melhor ano em termos de crescimento económico desde 2010", o que "é decisivo para continuar a progressiva redução do desemprego". A "centralidade" deve, por isso, "estar nas políticas económicas e de emprego".
