O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu, esta quinta-feira, que a omissão de dívidas da Madeira não modificou a percepção internacional de que Portugal está determinado em cumprir o acordo de ajuda financeira.
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"Não [houve impacto negativo], até porque a determinação em explicar que o que aconteceu não pode acontecer nem pode voltar a acontecer foi absoluta", disse Paulo Portas, num encontro com a imprensa à margem da sua participação no debate anual da Assembleia Geral da ONU.
Em Nova Iorque, Portas teve até agora mais de 20 encontros bilaterais, que pretende usar para deixar "uma narrativa positiva de Portugal", de que o país está determinado em cumprir as metas do acordo de ajuda financeira internacional.
As bilaterais, afirma, são também uma oportunidade de "promover ao máximo os interesses económicos no exterior".
O procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, anunciou na quarta-feira que mandou abrir um inquérito-crime para investigar o caso da omissão de dívidas públicas na Madeira.
A decisão da Procuradoria surgiu depois de o Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal terem divulgado um comunicado a dar conta de encargos financeiros assumidos pela Madeira que não foram nem pagos nem reportados.