O presidente do CDS/PP, Paulo Portas, pediu este domingo a "confiança dos professores" e garantiu que o seu partido é o único capaz de repor a autoridade dos docentes na escola.
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Numa acção de campanha para as eleições europeias de 07 de Junho na feira do Santo da Serra, na Madeira, Paulo Portas referiu-se à manifestação de sábado dos professores em Lisboa: "É muito preocupante que um Governo como o Governo de Sócrates, em quatro anos de mandato, não tenha havido um único dia que não houvesse conflitualidade com os professores".
"Nós precisamos de professores competentes, de pessoas que achem que a actividade docente é motivadora, de professores com autoridade em vez de serem desafiados na sala de aula e dentro da escola por um discurso igualitário segundo o qual o professor e o aluno estão no mesmo plano", referiu.
"Não estão" – continuou – "um ensina, o aluno aprende, são ambos seres humanos mas as posições na escola são diferentes".
Paulo Portas defendeu ser preciso "proteger a autoridade dos professores" e fez referência á manifestação de "milhares de professores ontem [sábado] nas ruas".
Por isso defendeu que a próxima política de Educação "deve tornar a avaliação dos alunos exigente porque a vida depois da escola é exigente, a autoridade dos professores claramente protegida sem nenhuma dúvida, a avaliação dos discentes pode e deve ser feita com um modelo consensual que o nosso partido já apresentou mas também é preciso avaliar a escola, os manuais, os currículos, os programas e acabar com esta política de perseguição a uma classe profissional que foi o que aconteceu nos últimos quatro anos".
Por isso, Paulo Portas deixou uma interrogação aos professores: "Quem é que é capaz de lidar com a questão da autoridade dos professores?"
"Não creio que sejam os partidos de esquerda porque têm uma relação difícil com a autoridade, acho que o CDS deu provas de defender a autoridade dos professores desde o primeiro dia e, por isso, também lhes peço confiança", concluiu.
Paulo Portas realçou ainda a "recepção calorosa" com que foi recebido este domingo na Madeira, juntamente com o líder regional do CDS/PP-M, José Manuel Rodrigues, e com o candidato às europeias pela Madeira, Lopes da Fonseca, quinto na lista dos populares.
"Deu-se até a circunstância de um encontro democrático com os laranjinhas, nós éramos mais e eles eram menos, sinal dos tempos", gracejou.
"A Madeira no último Quadro Comunitário de Apoio não foi especialmente favorecida, alguma alteração de critérios prejudicou a Região Autónoma e vai ser preciso trabalhar todos em conjunto para conseguirmos que o bem que a Madeira recebe da Europa seja mais equitativo e melhor aplicado", disse.
"E nós fazemos esse compromisso", garantiu.