O primeiro-ministro, Passos Coelho, assegurou, esta quinta-feira, que Portugal está a cumprir as metas do programa de ajustamento e que, a nível de exportações, já alcançou aquilo que o FMI esperava que o país fizesse em seis anos.
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"Ao cabo de ano e meio, Portugal está a conseguir atingir as metas a que se tinha proposto no programa de ajustamento. Isso significa uma grande esperança todos aqueles que, vivendo em Portugal, precisam de ganhar confiança em relação ao futuro, mas significa também uma expectativa muito positiva para todos aqueles que olham para Portugal como um destino profissional ou de investimento", afirmou Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro falava perante uma assembleia de empresários portugueses e colombianos, num fórum empresarial que ocorre hoje em Lisboa no âmbito da vista a Portugal do Presidente da República da Colômbia, Juan Manuel Santos, que também esteve na sessão de abertura, ao lado de Passos Coelho.
Destacando a evolução das exportações, Passos Coelho afirmou que nos próximos meses Portugal deverá alcançar pela primeira vez em décadas um excedente comercial.
"Sabemos que isso se deve evidentemente às dificuldades da procura interna, à redução forçada importações, mas sabemos também que temos conseguido ganhar quotas de mercado e ter um desempenho das exportações não explicado pelo arrefecimento da procura global", acrescentou, dizendo que "as empresas portuguesas têm feito o trabalho de casa de forma notável, adaptando-se de forma muito flexível às circunstâncias e olhando os mercados externos cada vez com mais interesse e rapidez", afirmou.
Para Passos Coelho, esta adaptação das empresas, tem sido também "um segredo" do processo de ajustamento financeiro português assinado com os credores internacionais.
"Temos conseguido em muito pouco tempo, no plano externo, fazer aquilo que o Fundo Monetário Internacional estimava que demorássemos quase seis anos a fazer", sublinhou, acrescentando: "Não apenas estaremos muito próximos de alcançar esse excedente comercial a curto prazo como teremos possibilidade de a nossa conta de balança corrente alcançar um equilíbrio que não tínhamos há algumas décadas".