Portugal vai cumprir "inequivocamente" meta dos 5,9% de défice, garante Passos Coelho
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu, esta quinta-feira, que "é inequívoco" que Portugal vai cumprir este ano a meta dos 5,9% de défice acordado com a 'troika', mesmo apesar das "surpresas do primeiro semestre" do ano.
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"Portugal vai cumprir a meta dos 5,9% [de défice]. Isso é inequívoco, não há qualquer dúvida a esse respeito", disse Pedro Passos Coelho em Bruxelas, no final da cimeira da Zona Euro.
"Já sabemos que o facto de fecharmos este ano o objectivo do défice com medidas de carácter extraordinário não nos dispensa, antes pelo contrário, obriga-nos, a ir mais longe nas medidas que estariam inicialmente previstas para podermos atingir o mesmo objectivo", reiterou o chefe do Governo.
Falando no final da cimeira da Zona Euro, o chefe de Governo lembrou que tinha admitido teoricamente a necessidade de o programa de assistência a Portugal ser reforçado se a situação da Grécia se deteriorasse, mas considerou que as respostas acordadas hoje para a crise grega o levam a acreditar que não será então preciso um segundo pacote de ajuda.
Passos Coelho admitiu todavia que o programa de ajustamento em curso sofra "ajustamentos", que de resto estão previstos no memorando de entendimento com a troika, caso o cenário macroeconómico se afaste das premissas iniciais.
Passos Coelho sublinhou ainda que notícias sobre "advertências" quer à Irlanda quer a Portugal e que seriam necessárias mais medidas "não têm qualquer fundamento".
"A Cimeira reconheceu os progressos e o bom andamento dos programas [de ajuda externa] quer na Irlanda quer em Portugal", sublinhou o primeiro-ministro em Bruxelas, no final de oito horas de encontro entre os líderes da Zona Euro.
As conclusões do encontro dos 17 países da moeda única apontam que, caso necessário, Portugal deve estar preparado para tomar mais medidas para cumprir os objectivos firmados com a 'troika'.