O movimento "indignados" juntou, este sábado, cerca de 30 ativistas na Praça da República, em Coimbra, minutos antes de uma manifestação, incluída na iniciativa "Primavera Global", que vai percorrer várias ruas da cidade durante a tarde.
Corpo do artigo
O almoço comunitário, previsto para decorrer a partir das 13 horas, congregou cerca de uma dezena de pessoas, observado a alguns metros por quatro agentes da PSP destacados para acompanharem o protesto, constatou a Lusa no local.
Pedro Alípio, um dos participantes no protesto, justificou a fraca adesão com a "grande resistência" da sociedade "à ideia de mudança".
Segundo Pedro Alípio, há na sociedade portuguesa "a ideia de que existe a classe de cima, a classe dominante e a de baixo. E, na mente das pessoas, a de cima não vai mudar, é uma inevitabilidade", frisou.
"O que há é medo e vergonha. Há um medo muito marcado de que os protestos não resolvam os problemas e a vergonha da exposição publica da condição social das pessoas", afirmou.
A manifestação tem como destino o parque Dr. Manuel Braga, junto ao rio Mondego, onde estão previstas, até terça-feira, diversas atividades culturais, como debates, oficinas de pintura, momentos musicais, assembleias populares e almoços e jantares comunitários.
A "Primavera Global" decorre em mais de 250 cidades em todo o mundo, incluindo, além de Coimbra, outras seis cidades portuguesas: Braga, Porto, Santarém, Lisboa, Évora e Faro.
Democracia real, mais justiça social, distribuição da riqueza, e ética pública são algumas das questões comuns aos vários movimentos que esperam mobilizar até ao dia 15 milhares de pessoas a nível mundial.