Cerca de uma centena de pessoas estiveram, esta quarta-feira, concentradas, perto de duas horas, em frente ao gabinete do FMI, em Lisboa, para protestarem contra "as políticas desumanas" daquela organização.
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Durante o protesto, convocado pelo Plataforma 15 de outubro, os manifestantes pediram várias vezes a demissão do Governo de Pedro Passos Coelho e exigiram a saída imediata de Portugal do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Fora, fora já daqui, a fome, a miséria e o FMI!", "Quem deve aqui dinheiro é o banqueiro" e "Vamos lá ver quem decide o meu salário, se é o povo unido, se é o fundo monetário" foram as palavras de ordem mais ouvidas pelos manifestantes, que começaram a chegar ao protesto, na avenida da República, em Lisboa, por volta das 18:00.
Davide Santos, da Plataforma 15 de outubro, disse à agência Lusa que as políticas do FMI estão a "roubar direitos fundamentais aos portugueses", nomeadamente na saúde e na educação.
"Protestamos contra as políticas desumanas do FMI, e para dizer que este Governo é responsável pela atual situação do país. É um Governo que acabou e tem que se demitir", sustentou.
Um outro manifestante, que afirmou sentir-se "roubado" quando viu a folha do ordenado deste mês, sublinhou à Lusa que as políticas do FMI e do Governo estão a levar à destruição do país. "Vivemos num país ocupado pelo FMI", desabafou Francisco Raposo.
A concentração, vigiada de perto por cerca de uma dezena de agentes da PSP, decorreu sem qualquer incidente.