O líder parlamentar do PS manifestou, esta quinta-feira, o desejo de que o novo tratado orçamental da União Europeia seja um "ponto de partida e não de chegada", reiterando a necessidade de lhe conferir um acrescento "económico e social".
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"É cada vez mais fundamental a dimensão do crescimento, do emprego, o que vai além do tratado orçamental. Consideramos que é importante a sua aprovação, mas é muito importante trabalhar desde já na sua extensão para que esse tratado dê resposta àquilo que as empresas e pessoas precisam", disse Carlos Zorrinho, em Bruxelas, antes de um encontro com os líderes dos grupos parlamentares nacionais dos partidos socialistas, sociais-democratas e trabalhistas.
A reunião, organizada pelo Partido Socialista Europeu e pelos Socialistas & Democratas no Parlamento Europeu, debate o crescimento e emprego na Europa e as perspetivas financeiras, englobando-se no Movimento Europeu de exigência de um Protocolo Adicional ao novo tratado comunitário de combate à crise.
Zorrinho mostrou-se confiante que o ato adicional proposto pelo PS gere um "forte movimento" nos restantes partidos socialistas europeus, lembrando contudo que estão agora a ser dados os "primeiros passos" nesse sentido.
O responsável socialista declarou ainda que espera que o ato adicional tenha um mesmo peso e força política que o tratado acordado entre 25 dos 27 Estados-membros.
"Aquilo que o PS defende é que seja assim. Mas obviamente que não depende apenas da nossa vontade, depende da vontade de muitos outros partidos. Há conversações a decorrer".
A Assembleia da República discute, esta quinta-feira, a ratificação do Tratado Orçamental da União Europeia, com o PS a insistir num ato adicional com medidas para o "crescimento económico e emprego" e PCP, BE e PEV a defenderem um referendo.